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General boliviano confirma a morte de Guevara
La Paz, 9 – (U.P.) – O comandante da Oitava Divisão, general Juaquim Zenteno, anunciou oficialmente a morte do revolucionário cubano-argentino Ernesto “Che” Guevara.
Zenteno declarou, em Valle Grande, que Guevara tombou no choque ocorrido ontem nas imediações de Higueras. Acrescentou que o corpo foi embalsamado e será conduzido para La Paz.
RUMO A HIGUERAS
O comandante-chefe das Forças Armadas bolivianas, general Alfredo Ovando Candia e o comandante do Exército, general David La Fuente, viajaram esta manhã para a região de Higueras, nos contrafortes orientais dos Andes, onde ocorreu ontem o sério combate de quatro horas, que deixou um saldo de nove mortos e seis feridos.
Embora as fontes oficiais as mantivessem reservadas quanto aos detalhes, tudo indica que Ovando e La Fuente obtiveram informações que lhes permitiram, pelo menos, robustecer a suspeita que “Che” Guevara tinha sido um dos tombados na ação.
O presidente da República, general Renê Barrientos, permaneceu todo o dia em sua residência oficial em continuo contato com a região guerrilheira. Cerca do meio-dia se informou que o avião presidencial estava pronto para uma viagem do primeiro mandatário ao local se este o quisesse.
ESPERADA CONFIRMAÇÃO
Às 16 horas o alto comando das Forças Armadas disse que perturbações atmosféricas dificultavam as comunicações com a região de Valle Grande e que ainda não tinha notícia oficial, a qual era esperada a qualquer momento. A suposição de que o quase legendário “Che” Guevara, médico argentino feito dirigente da revolução cubana e posteriormente transformado em teórico de guerrilhas foi uma das vítimas da batalha travada ontem, esta manhã parece baseada em indícios muito frágeis.
Nenhuma autoridade quis explicar porque razão o comunicado oficial das Forças Armadas dizia que entre as baixas “presumivelmente” estaria Guevara.
GUEVARA ERA "RAMON"
Segundo o despacho de correspondentes da imprensa em Valle Grande, teria declarado que já se havia conseguido estabelecer que um dos cadáveres corresponde a “Ramon”, o nome de guerra sob o qual se supõe atuava “Che”.
Outras informações diziam que “Ramon” era um dos feridos e que estava sendo removido a Valle Grande, enquanto se faziam esforços para comprovar se tratava efetivamente de Guevara.
O coronel Zenteno Anaya, aparentemente, parte da base de que já estava perfeitamente comprovada a identidade entre “Ramon” e Guevara, assim como da certeza de sua morte.
O governo anunciou que amanhã viajará a Valle Grande uma comissão de peritos e técnicos, entre os quais especialistas em datiloscopia, com o objetivo de identificar cabalmente os mortos.
Fonte: Jornal A Tribuna - 10 de outubro, 1967
Postado por Paulo Renato Alves
General boliviano confirma a morte de Guevara
La Paz, 9 – (U.P.) – O comandante da Oitava Divisão, general Juaquim Zenteno, anunciou oficialmente a morte do revolucionário cubano-argentino Ernesto “Che” Guevara.
Zenteno declarou, em Valle Grande, que Guevara tombou no choque ocorrido ontem nas imediações de Higueras. Acrescentou que o corpo foi embalsamado e será conduzido para La Paz.
RUMO A HIGUERAS
O comandante-chefe das Forças Armadas bolivianas, general Alfredo Ovando Candia e o comandante do Exército, general David La Fuente, viajaram esta manhã para a região de Higueras, nos contrafortes orientais dos Andes, onde ocorreu ontem o sério combate de quatro horas, que deixou um saldo de nove mortos e seis feridos.
Embora as fontes oficiais as mantivessem reservadas quanto aos detalhes, tudo indica que Ovando e La Fuente obtiveram informações que lhes permitiram, pelo menos, robustecer a suspeita que “Che” Guevara tinha sido um dos tombados na ação.
O presidente da República, general Renê Barrientos, permaneceu todo o dia em sua residência oficial em continuo contato com a região guerrilheira. Cerca do meio-dia se informou que o avião presidencial estava pronto para uma viagem do primeiro mandatário ao local se este o quisesse.
ESPERADA CONFIRMAÇÃO
Às 16 horas o alto comando das Forças Armadas disse que perturbações atmosféricas dificultavam as comunicações com a região de Valle Grande e que ainda não tinha notícia oficial, a qual era esperada a qualquer momento. A suposição de que o quase legendário “Che” Guevara, médico argentino feito dirigente da revolução cubana e posteriormente transformado em teórico de guerrilhas foi uma das vítimas da batalha travada ontem, esta manhã parece baseada em indícios muito frágeis.
Nenhuma autoridade quis explicar porque razão o comunicado oficial das Forças Armadas dizia que entre as baixas “presumivelmente” estaria Guevara.
GUEVARA ERA "RAMON"
Segundo o despacho de correspondentes da imprensa em Valle Grande, teria declarado que já se havia conseguido estabelecer que um dos cadáveres corresponde a “Ramon”, o nome de guerra sob o qual se supõe atuava “Che”.
Outras informações diziam que “Ramon” era um dos feridos e que estava sendo removido a Valle Grande, enquanto se faziam esforços para comprovar se tratava efetivamente de Guevara.
O coronel Zenteno Anaya, aparentemente, parte da base de que já estava perfeitamente comprovada a identidade entre “Ramon” e Guevara, assim como da certeza de sua morte.
O governo anunciou que amanhã viajará a Valle Grande uma comissão de peritos e técnicos, entre os quais especialistas em datiloscopia, com o objetivo de identificar cabalmente os mortos.
Fonte: Jornal A Tribuna - 10 de outubro, 1967
Postado por Paulo Renato Alves
17 de março, 2009
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