Foto: www.mundogeo.com.br
Perspectivas de petróleo em Santos
AJB e Serviço Local
São Paulo – A Petrobras recebeu carta do Governo do Estado, informando que pesquisas preliminares realizada pelo Instituto de Geologia da Universidade de São Paulo indicam a possibilidade da existência de uma província petrolífera na Bacia de Santos, com a vantagem de ser 6 vezes maior do que a de Campos.
A equipe de geólogos do Instituto de Geologia da USP foi a mesma que comandou as pesquisas na plataforma continental do Espírito Santo e Foz do Rio Doce, também naquele Estado, e sobre os quais o diretor do Instituto, professor Setembrino Petri, declarou: “A plataforma continental do Espírito Santo te possibilidades que considero ótimas tratando-se da existência de petróleo, melhores mesmo do que os da região de São Mateus, onde a Petrobras já retira quase sete mil barris diários”.
De acordo com o documento recebido pela Petrobras, salienta o governador Laudo Natel: “Em contatos mantidos anteriormente com a alta direção da Petrobras, tive a oportunidade de mostrar a convicção de muitos paulistas a respeito da possibilidade de existência de lençóis petrolíferos em nosso Estado, sobretudo na Bacia de Santos”.
“Essa convicção cresceu ainda mais depois dos magníficos resultados obtidos pela Petrobras na Bacia de Campos, com a qual a Bacia de Campos tem grande semelhança geológica, apesar de separadas pelo arco de Cabo Frio. As bacias têm a mesma estrutura geológica, inclusive no que se refere à presença de domos salinos, mas com a vantagem de a nossa ser aproximadamente seis vezes maior em área”.
Pesquisa importante
Segundo o professor Setembrino Petri, a equipe de geólogos da Universidade de São Paulo acaba de dar o maior exemplo da importância deste tipo de atividade profissional no desenvolvimento das pesquisas de recursos minerais no Brasil, tendo entregue à Petrobras todo o levantamento do solo da área da foz do Rio Doce, no Espírito Santo, e da plataforma continental daquele Estado, chegando à conclusão de que existem possibilidades da existência de importantes jazidas petrolíferas na região.
É praticamente ilimitado os que os geólogos poderão fazer daqui para a frente em favor do desenvolvimento nacional. Por isso, é preciso proteger o geógrafo brasileiro, evitando-se que prematuramente venham a ser instalados cursos de graduação nos diversos campos da Geologia, como a Geofísica, Hidrogeologia, Mineralogia, Petrologia, Mineração, Geologia Aplicada em Petróleo, em detrimento da formação de um geólogo polivalente, da máxima importância para a Nação”, conclui Setembrino Petri.
O Prefeito
A perspectiva da existência de petróleo na Bacia de Santos, para o prefeito Antônio Manoel de Carvalho, é uma notícia alvissareira: “Faço votos pela sua integral confirmação. Pode significar a redenção do município, mas ainda é cedo para se pensar no assunto”.
O chefe do Executivo, em companhia do coronel Ney Luiz Guerra, recebeu a imprensa em sua residência, na tarde de ontem, e salientou inicialmente que desconhecia quaisquer pesquisas do Instituto de Geologia da USP na Baixada, bem como os resultados. “Entretanto, amanhã (hoje) vou manter contato telefônico com o governador Laudo Natel, para obter a confirmação do noticiário e, se possível, trazer para Santos uma cópia do relatório dos geólogos da USP. Agora é praticamente impossível um contato com o Governo do Estado, mesmo porque não sei se o governador está na Capital. Mas prometo que se o resultado das pesquisas chegar às minhas mãos vou divulga-lo”.
Postado por Paulo Renato Alves
Em 19 de janeiro de 2009
Publicado no jornal A Tribuna em 03 de março de 1975
Página 07
Perspectivas de petróleo em Santos
AJB e Serviço Local
São Paulo – A Petrobras recebeu carta do Governo do Estado, informando que pesquisas preliminares realizada pelo Instituto de Geologia da Universidade de São Paulo indicam a possibilidade da existência de uma província petrolífera na Bacia de Santos, com a vantagem de ser 6 vezes maior do que a de Campos.
A equipe de geólogos do Instituto de Geologia da USP foi a mesma que comandou as pesquisas na plataforma continental do Espírito Santo e Foz do Rio Doce, também naquele Estado, e sobre os quais o diretor do Instituto, professor Setembrino Petri, declarou: “A plataforma continental do Espírito Santo te possibilidades que considero ótimas tratando-se da existência de petróleo, melhores mesmo do que os da região de São Mateus, onde a Petrobras já retira quase sete mil barris diários”.
De acordo com o documento recebido pela Petrobras, salienta o governador Laudo Natel: “Em contatos mantidos anteriormente com a alta direção da Petrobras, tive a oportunidade de mostrar a convicção de muitos paulistas a respeito da possibilidade de existência de lençóis petrolíferos em nosso Estado, sobretudo na Bacia de Santos”.
“Essa convicção cresceu ainda mais depois dos magníficos resultados obtidos pela Petrobras na Bacia de Campos, com a qual a Bacia de Campos tem grande semelhança geológica, apesar de separadas pelo arco de Cabo Frio. As bacias têm a mesma estrutura geológica, inclusive no que se refere à presença de domos salinos, mas com a vantagem de a nossa ser aproximadamente seis vezes maior em área”.
Pesquisa importante
Segundo o professor Setembrino Petri, a equipe de geólogos da Universidade de São Paulo acaba de dar o maior exemplo da importância deste tipo de atividade profissional no desenvolvimento das pesquisas de recursos minerais no Brasil, tendo entregue à Petrobras todo o levantamento do solo da área da foz do Rio Doce, no Espírito Santo, e da plataforma continental daquele Estado, chegando à conclusão de que existem possibilidades da existência de importantes jazidas petrolíferas na região.
É praticamente ilimitado os que os geólogos poderão fazer daqui para a frente em favor do desenvolvimento nacional. Por isso, é preciso proteger o geógrafo brasileiro, evitando-se que prematuramente venham a ser instalados cursos de graduação nos diversos campos da Geologia, como a Geofísica, Hidrogeologia, Mineralogia, Petrologia, Mineração, Geologia Aplicada em Petróleo, em detrimento da formação de um geólogo polivalente, da máxima importância para a Nação”, conclui Setembrino Petri.
O Prefeito
A perspectiva da existência de petróleo na Bacia de Santos, para o prefeito Antônio Manoel de Carvalho, é uma notícia alvissareira: “Faço votos pela sua integral confirmação. Pode significar a redenção do município, mas ainda é cedo para se pensar no assunto”.
O chefe do Executivo, em companhia do coronel Ney Luiz Guerra, recebeu a imprensa em sua residência, na tarde de ontem, e salientou inicialmente que desconhecia quaisquer pesquisas do Instituto de Geologia da USP na Baixada, bem como os resultados. “Entretanto, amanhã (hoje) vou manter contato telefônico com o governador Laudo Natel, para obter a confirmação do noticiário e, se possível, trazer para Santos uma cópia do relatório dos geólogos da USP. Agora é praticamente impossível um contato com o Governo do Estado, mesmo porque não sei se o governador está na Capital. Mas prometo que se o resultado das pesquisas chegar às minhas mãos vou divulga-lo”.
Postado por Paulo Renato Alves
Em 19 de janeiro de 2009
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