sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

A criação do Estado de Israel


A Bandeira de Israel foi estabelecida como símbolo em 28 de outubro, de 1948.

PROCLAMADO O ESTADO JUDAICO NA PALESTINA

David Ben-Gurion tornou-se ontem, o chefe do novo governo que, como primeira medida revogou o Livro Branco Britânico de 1939, limitando a imigração de judeus á Terra Santa – Os Estados Unidos reconheceram o Estado de Israel – Ferozes combates entre judeus e árabes irromperam ao sul de Jerusalém – As tropas egípcias receberam ordens para invadir a Palestina.
Tel-Aviv, 14 (R) - Foi proclamado o Estado Judeu na Palestina.

DAVID BEN-GURION É O CHEFE DO NOVO ESTADO JUDEU
Tel-Aviv, 14 (R) – o SR. David Bem-Gurion tornou-se, hoje, o chefe do governo do novo Estado Judeu, hoje proclamado na Palestina, e que terá o nome de “Estado de Israel”.
A proclamação do novo Estado semita foi feito no último dia de vigência do mandato britânico sobre a Palestina.

TEXTO DA PROCLAMAÇÃO
Tel-Aviv, 14 – (A.F.P.) – É o seguinte o texto da proclamação do Conselho Nacional, sobre o estabelecimento do Estado Judeu da Palestina:

“Nós membros do Conselho Nacional, representando o povo judaico da Palestina e o movimento sionista mundial, reunidos em assembléia solene, hoje, data do fim do mandato britânico, proclamamos o Estado Judaico da Palestina, sob o nome de Estado de Israel.

A proclamação do Estado Judaico é feito em virtude dos direitos naturais e históricos do povo judeu e da resolução da Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas, datada de 29 de novembro, de 1947.

Declaramos que, depois da noite de hoje e até que os organismos constitucionais, cuja eleição deverá ser efetuada antes de outubro de 1948, entrem em função, o Conselho Nacional agirá como Assembléia Provisória do Estado, estando a partir de hoje a Administração Nacional assegurado pelo governo provisório judaico do Estado de Israel.

O Estado de Israel está aberto á imigração dos judeus dispersados em todos os países. Ele garantirá o desenvolvimento do país, para o benefício de todos os seus habitantes.

O regime do novo Estado será fundado sobre a liberdade, a justiça e a paz, de acordo com o ensinamento dos profetas judeus. Nele, os cidadãos desfrutaram de todos os direitos, sem distinção de raça, origem ou sexo.

A salvaguarda dos lugares santos e santuários de todas as religiões será garantida conforme a Carta das Nações Unidas. O Estado de Israel está pronta para colaborar com a O.N.U. na aplicação da resolução de novembro último, e para a realização da união econômica de toda a Palestina.

Pedimos às Nações Unidas que auxiliem o Estado de Israel a obter seu lugar na família de todas as nações e povos. Precisamente no momento em que a sua agressão se desenvolve, fazemos um apelo aos árabes, em nome do Estado de Israel, para que voltem ao caminho da paz, garantindo-lhes que terão direitos iguais aos dos cidadãos judeus e que serão representados em todos os corpos constituídos. Oferecemos, assim, a paz de todos os Estados vizinhos.

Seis milhões de judeus foram perseguidos, exterminados e dispersados pelos nazistas e, em nome do novo Estado, reclamamos para os sobreviventes o direito de se virem se instalar no nosso país, ao qual permaneceram fielmente ligados, depois de milhares de anos de um longo e amargurado exílio.

Diante de Deus, todo poderoso, juramos sobre esta declaração, feita no dia de hoje, na cidade de Tel-Aviv, como mandatários do Estado de Israel”.

Fonte: Jornal A Tribuna - 15 de maio, 1948

Postado em 20 de fevereiro, 2009.

Paulo Renato Alves

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